sábado, 9 de outubro de 2010
....Uma tristeza
Não era assim tanto... mas não cabia no meu peito.
Era mais que pranto com lágrimas e olhos vermelhos
Assim era o meu desespero, por despetalar o que fora inteiro
Era fronteira que dividia os sentidos...
E unificava os versos como música.
Ah! Se aquela estação fosse a última!
Se não houvesse tantas após...
Se o tempo não fosse meu próprio algoz
E a noite não findasse a minha loucura,
Então adormecia com o Sol menor e despertava com a Lua.
Seguia os áureos ventos que insinuavam as veredas
E eu era um peregrino das paisagens serenas,
Mas aproximava-se o temporal e o cataclismo.
Agora a brisa é vendaval, e ascensão é declínio.
Via o vão abissal que fragmentava a minha alma e
Eu já não o era imortal como imaginava...
Era assim como o palco vazio dum teatro.
E o meu espírito era monólogo e o... fim do primeiro ato!
Resta-me o império devastado e uma esperança em ruínas.
Que antes da noite chegar, tu me levarás da vida
Agora... sou constelação de uma estrela. Sei que não é o momento...
Mas desculpa-me a minha tristeza...
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