terça-feira, 13 de agosto de 2013

"O Sertão Acordou" foi a bola da vez na Câmara de Vereadores de Arcoverde

Por Muriê Moraes

Noite quente de debates na Câmara de Vereadores de Arcoverde. Tudo porque o movimento "O Sertão Acordou", através de uma integrante, esteve na Casa James Pacheco para cobrar por reivindicações feitas há oito dias. Primeiro a representante do movimento não queria ocupar a tribuna, mas foi convencida pela vereadora Célia Cardoso. "Tentamos há três dias entregar na Câmara os ofícios com os pedidos mas ninguém da Casa pôde receber, em uma ocasião uma servidora estava muito ocupada no Facebook e não nos deu atenção", disse a ativista.
O movimento já havia pedido uma maior participação dos vereadores na questão dos serviços públicos essenciais tais como melhoria do atendimento médico(notadamente no Hospital Regional), transporte coletivo, explicações sobre a retirada da gratificação dos professores(pó de giz), atualização do Portal da Transparência da Câmara, instalação de uma CPI para saber detalhes de uma auditoria especial do TCE sobre a eventual participação do ex-gestor municipal em irregularidades administrativa no âmbito do transporte escolar, entre outros itens. Na ocasião, de posse de informações de uma liderança comunitária, o movimento denunciou que, no PSF do bairro da Boa Vista, uma médica tirou licença há um mês e durante todo esse tempo a comunidade ficou sem médico sem que outro profissional fosse escalado para fazer o atendimento.
Dois vereadores, um deles bastante irritado, refutou que não era da competência instalar uma CPI. A partir desse momento, a integrante do movimento foi bastante atacada por esses vereadores. Um deles chegou a dizer que "ela estava só querendo aparecer" e outro insinuou que o movimento estava sendo usado por certos políticos locais. Mas a integrante garantiu que "O Sertão Acordou" é independente e não se deixa manipular. Por sua vez, a vereadora Célia Cardoso saiu em defesa da ativista. "Quero aqui pedir minhas desculpas ao movimento pelo modo como alguns dos pares da Casa foram descorteses com a integrante, não era necessário toda essa virulência só porque uma representante de causas sociais pede, e com razão, que os políticos locais tenham uma postura efetiva na solução dos problemas, a sociedade não aguenta mais essa postura passiva e adepta da mesmice", avaliou Célia.
Outro ponto alto da sessão foi quando foi executado um áudio, extraído de uma entrevista do ex-gestor municipal de Arcoverde a uma rádio da cidade, onde ele diz, com todas as letras, que a partir daquele momento "o Hospital Regional estava com uma gestão administrativa moderna e municipalizada". Essa entrevista deve ter, no mínimo, uns três anos. Agora o que não se entende é que quando se aborda a situação do Hospital Regional, a primeira coisa que a atual gestão alega é que a gestão daquela unidade médica é do "Estado". Então, onde é que está a verdade nua e crua da questão? Ou será que estão querendo empurrar a "batata quente" para o governador...






Um comentário:

Unknown disse...

Jamais poderemos lutar contra a premissa de que contra fatos não há argumentos. Quanto ao texto, o autor sabe muito bem por onde deve passar com seu carro. Excelente. É um texto excepcional!